A prevenção primária da enfermidade cardiovascular é extremamente importante, e a incorporação dos fatores genéticos possibilita identificar de forma mais precisa o risco cardiovascular do paciente.
A doença cardiovascular é a principal causa de mortes no mundo. Embora afete com maior frequência adultos com idade avançada, é cada vez mais comum os casos de pessoas jovens com a doença.
Por diferentes classificações de risco (SCORE, Framingham, PROCAM, e Regicor), os pacientes são classificados em quatro grupos de risco: baixo (inferior a 5%), moderado (5 a 9,9%), alto (10 a 14,9%) e muito alto (superior a 15%). Aproximadamente 37,5% dos eventos cardiovasculares ocorrem em grupos de alto risco e muito alto risco, o que indica que a prevenção primária da enfermidade cardiovascular é especialmente importante.
Existem diversos fatores que expõem um indivíduo ao risco de desenvolvimento da doença cardiovascular, podendo ser classificado em fatores modificáveis e não modificáveis. Os fatores modificáveis incluem tabagismo, obesidade, sedentarismo, dieta desequilibrada e outros hábitos de estilo de vida. Já os não modificáveis são aqueles que independem das escolhas do indivíduo, como: idade, sexo, fatores genéticos, entre outros; A presença de fatores não modificáveis implica que os objetivos terapêuticos sobre os fatores modificáveis devam ser mais exigentes. O fato de que mais da metade dos eventos cardiovasculares ocorram em pacientes classificados como baixo risco ou moderado, significa que as atuais funções de estimação de risco cardiovascular não são totalmente eficazes. A incorporação dos fatores genéticos nos algoritmos de risco possibilita a estratificação do risco cardiovascular de forma mais precisa, identificando os pacientes que necessitam de terapias mais estritas.
O perfil genético PGCAR possibilita estabelecer, de forma mais precisa e confiável, o risco cardiovascular teórico em um prazo maior através da análise de 173 polimorfismos genéticos. São avaliadas 162 variantes genéticas associadas a fatores de risco cardiovascular clássicos e 11 independentes dos mesmos.
O teste permite que 15% dos pacientes (1 a cada 6) com um risco moderado, sejam classificados corretamente ao grupo de risco alto. O perfil integra informações genéticas, clínica e estilo de vida do paciente, determinando:
• O risco cardiovascular real, ou avaliação genética do risco de infarto do miocárdio, baseado no fator de risco genético e no risco relativo. Sendo determinada a idade cardiovascular do paciente.
• A predisposição ao desenvolvimento de fatores de risco clássicos: Dislipidemias – cLDL, cHDL, triglicéridios; Hipertensão arterial; Diabetes mellitus; Obesidade; Trombose e Dependência a nicotina
Indicações:
O perfil genético PGCAR está especialmente indicado para:
• Pessoas de risco cardiovascular moderado
• Pessoas com antecedentes familiares de doenças cardiovasculares.
• Pessoas maiores de 35 anos classificadas de baixo risco e sem antecedentes familiares
O BIOMED disponibiliza em seu rol de exames o Perfil Genético Cardiovascular.